você tem dado em casa?
Existem coleções de tudo que é tipo. De coisas caras, chiques, e de coisas simples, fúteis. Eu por exemplo gosto de colecionar filmes dvd e vhs, mas tem gente que guarda em casa coleções fora do comum, de baixo custo até, que cresce avidamente. É o caso dos colecionadores de dados, esses que vocês estão vendo, peça que originalmente seria quadrada, exibindo em cada face um algarismo diferente, limitando-se a chegar ao número seis. Se fosse o caso de uma jogada precisar ir além por mais alguns números, se acrescentaria mais um dado, ou quem sabe jogar o dado por mais de uma vez. Sendo assim, com o máximo de 12 números, poderia se fazer vários joguinhos diferentes, até mesmo apostas valendo dinheiro. Há aqueles que utilizam os dados para tomarem decisões, para determinar situações, escolhas como ´´Se for ímpar sou eu, se for par é você``, e também para determinar quantidade, ´´O número que cair vai ser a quantidade de cerveja que vou tomar nessa festa``, e lá vai sacudir o(s) dado(s) nas duas mãos, dependendo da quantidade de tempo que cada situação exige, as que forem mais importantes costumam levar mais tempo, e abrir as mãos, liberando os dados para caírem na superfície que for, rodopiar e enfim parar com a face que exibirá o numeral decisivo para cima, para surpresas ou decepções, sempre tomando cuidado para o dado não ir parar muito longe, pois dependendo de onde se esteja, o dado pode-se perder. Os dados geralmente são feitos de marfim, quase sempre brancos, e com os numerais compostos por pontinhos, da cor preta. Bom, essa é a história do dado tradicionalmente falando, já que dês de sua invenção para cá, aliás, nem lembro quem o inventou e em que ano foi, muita coisa mudou. O dado tornou-se uma peça chique, pop, criaram-se novos formatos, novas cores, enfim, dado já não é mais aquele quadradinho (ou pedrinha) barulhenta que muita gente considerava, hoje que muita gente faz coleção, e sabe que existe muito modelo diferente para se adquirir. Existem dados em formato de triângulos, de losango e de mais de dez lados, para o espanto de muita gente. Eu tenho um dado que de tanto lado mais parece uma maçã descascada. Não preciso dizer que não o uso para nada, só como enfeite mesmo, pois eu possuo nove dadinhos coloridos, que uso para decorar minha estante, juntamente com miniaturas de rpg. Falando em rpg, para mim não existe nenhum jogo que mais faz uso deles, até porque seria impossível jogá-los sem essa ferramenta tão importante que é o dado, que é como o controle e seus botões são para o videogame. Será que foram os rpgistas que criaram esses dados psicodélicos? Muito provável que seja. Nada contra a revolução dos dados, só acho que não seria necessário a não ser para a estética, como artefato decorativo, já que eu acho difícil compreender em que lado e número o dado caiu. A pessoa se confunde, devido a tanto lado, e a tanto números. O que seria para facilitar os joguinhos acaba por complicá-los ainda mais. Por que não usar dois dados simples? Não consigo entender. Na minha cabecinha só cabe a idéia de que dados de 20 lados e trezentos tipos servem apenas para decorar, colecionar, ou que seja, nunca para fazer seu uso tradicional. Se abrirmos nossa mente melhor, veremos que na falta de dado nada está perdido, pois existem improvisos, tal como fazer anotações da quantidade de número que quiser em pedacinhos de papel, amassá-los em formato de bolinha, embaralhar tudo e pegar, aleatoriamente, sorteando o número que pegar. Para os já acostumados com dado, pode-se fazer o mesmo com eles, sacudir os pedacinhos de papel nas duas mãos e soltar, para depois pegar a bolinha que mais parecer convidativa depois de passar momentos de turbulências nas mãos suadas do temerário jogador.
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