VILIPÊNDIO
Um Segundo de Glória
Há mais de um ano postei nesse blog o quão significativo a banda Vilipêndio foi para mim.
Recentemente pude confirmar que a banda continua firme e forte na ativa. No último dia 24 eles deram show na Lapa, não pude ir, mas conferi todas as músicas do novo trabalho ´´Um segundo de Glória``, CD com o qual fui presenteado pelo próprio vocalista, Ricardo Caulfield. Constatei que naturalmente a banda está mais calejada, mais afinada, mais redonda, embora os dois CDs tivessem suas próprias qualidades e defeitos. A voz de Ricardo já não está mais tão aguda como antes, não que isso seja ruim, mas ela imprimia uma certa propriedade ao som, assim como as guitarras distorcidas e viscerais, que em Um Segundo de Glória estão mais trabalhadas, melhor arranjadas. O novo CD ganha pela qualidade e variedade de som. As letras estão mais claras, mais centradas e representativas, diferentes das de ´´15 Abismos``, onde eram mais metafóricas, agressivas e de um sarcasmo até mesmo juvenil. Uma marca interessante do novo CD é a história de uma figura antológica acusada de diversos homicídios na Baixada Fluminense, dividida em duas partes. A primeira, ´´A História de João H (a lenda)`` conta o que a imprensa publicava na época. A segunda, penúltima música do CD, ´´A História de João H (A verdade)``, é a desmistificação do assunto, onde um homem de problemas mentais é preso em um momento de insanidade, posteriormente acusado de ter cometido vários homicídios, o que o tornou uma lenda viva. Ambas as músicas iniciam-se com uma belíssima introdução de baixo (meu instrumento favorito) e seu contexto dá o título ao álbum.
Em minha opinião, as melhores músicas são ´´Mulheres apaixonadas não entram em açougues``, sobre a diferença entre os sexos, ´´Os excluídos``, excelente crítica social, e ´´As cores da rotina``, uma música bem radiofônica, assim como ´´Por motivos banais (como sexo, drogas e religião, ele foi morto, pelo melhor amigo, no aniversário)``, que de todas é a mais cantada. O modo pausado de cantar, característico de Ricardo, continua presente. Os riffs da faixa ´´Anestesiado`` faz lembrar bastante a guitarra crua e distorcida das músicas do primeiro trabalho, assim como ´´A saga de um hospital público`` lembra particularmente ´´Quem vive de juras``, pelo arranjo. Quanto as músicas mais ligeiras que incitam a vontade de se chacoalhar, em 15 Abismos tivemos o gostinho de ´´Paraíso``, já nesse novo podemos contemplar ´´Shangri-lá`` (música de abertura, iniciada com um canto de passarinho), ´´Gosto de chegar atrasado`` e a já citada ´´A História de João H (A verdade)``. ´´A saga de um hospital público`` é uma interessante crítica social aos hospitais públicos brasileiros, indiferentemente de ter citado um enfermeiro que matava os pacientes para ganhar comissão de uma funerária, afinal é um caso isolado, já os problemas dos hospitais públicos estão presentes em diversos hospitais e em centenas de emergências. ´´Fantoches da mídia`` casa bem letra e música, ficando uma ótima combinação. O CD se encerra com uma interessante música de suspense.
De uma maneira global, Um segundo de Glória supera o 15 Abismos, mas ainda considero a melhor música ``Olhos Vermelhos``, que para mim é imbatível.
Agradeço mais uma vez a Ricardo Caufield pela oportunidade de conferir o novo trabalho da banda, e torço para que consigam lançar mais CDs, e que não levem muito tempo para isso. Muitos shows e videoclips.
Nunca tive a oportunidade de conferir a banda ao vivo, mas na próxima vez que eu tiver conhecimento de um show próximo, vou procurar não perder.
Vida longa para Vilipêndio!!!
Em minha opinião, as melhores músicas são ´´Mulheres apaixonadas não entram em açougues``, sobre a diferença entre os sexos, ´´Os excluídos``, excelente crítica social, e ´´As cores da rotina``, uma música bem radiofônica, assim como ´´Por motivos banais (como sexo, drogas e religião, ele foi morto, pelo melhor amigo, no aniversário)``, que de todas é a mais cantada. O modo pausado de cantar, característico de Ricardo, continua presente. Os riffs da faixa ´´Anestesiado`` faz lembrar bastante a guitarra crua e distorcida das músicas do primeiro trabalho, assim como ´´A saga de um hospital público`` lembra particularmente ´´Quem vive de juras``, pelo arranjo. Quanto as músicas mais ligeiras que incitam a vontade de se chacoalhar, em 15 Abismos tivemos o gostinho de ´´Paraíso``, já nesse novo podemos contemplar ´´Shangri-lá`` (música de abertura, iniciada com um canto de passarinho), ´´Gosto de chegar atrasado`` e a já citada ´´A História de João H (A verdade)``. ´´A saga de um hospital público`` é uma interessante crítica social aos hospitais públicos brasileiros, indiferentemente de ter citado um enfermeiro que matava os pacientes para ganhar comissão de uma funerária, afinal é um caso isolado, já os problemas dos hospitais públicos estão presentes em diversos hospitais e em centenas de emergências. ´´Fantoches da mídia`` casa bem letra e música, ficando uma ótima combinação. O CD se encerra com uma interessante música de suspense.
De uma maneira global, Um segundo de Glória supera o 15 Abismos, mas ainda considero a melhor música ``Olhos Vermelhos``, que para mim é imbatível.
Agradeço mais uma vez a Ricardo Caufield pela oportunidade de conferir o novo trabalho da banda, e torço para que consigam lançar mais CDs, e que não levem muito tempo para isso. Muitos shows e videoclips.
Nunca tive a oportunidade de conferir a banda ao vivo, mas na próxima vez que eu tiver conhecimento de um show próximo, vou procurar não perder.
Vida longa para Vilipêndio!!!
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